sexta-feira, abril 20, 2007

O Mágico de Oz.

O menininho continua indo.

Por um segundo, se perguntou o porquê voltaria.Pensou nas coisas que deixou para trás e que não gostaria de rever por nada. Isso o deu mais certeza ainda de que não deveria voltar. Dane-se o princípio de quem vai, volta. Agora, ele só vai. Enfrentar os fantasmas do passado pode ser mais doloroso do que se pensa.

E lá vai ele.
Agora, apenas vai.
Pela estrada de tijolos amarelos, que nem a de Dorothy, do leão, do homem de lata e do espantalho. Enquanto eles buscam voltar para casa, coragem, um coração e um cérebro, o menininho apenas buscava o seu abraço.

quinta-feira, abril 12, 2007

Pobre menininho!

E lá vai o menininho.
Ele vai, volta.
Ele volta nem porque ele quer voltar, mas porque acha que é um dos princípios básicos da vida: quem vai, volta. E volta com aquele sorriso estampado no rosto dele, aquele rosto que parece o de um anjo encapetado. E aquele sorriso faz você crer que está tudo bem, que ele está bem. Pobre menininho. Ele não está conseguindo enganar os outros, e muito menos a si mesmo. Se bem que isso ele nunca conseguiu...

Ele precisa de um abraço, apenas isso.
E de alguém dizendo que tudo vai ficar bem.

sexta-feira, abril 06, 2007

Conversas de você com você mesmo. - parte 2

Eu não sei definir o que é felicidade. Creio que poucos sabem... mas eu não me encaixo nesse seleto grupo. Quando esse é o assunto em questão, diversos momentos me vêm à tona, porém, é como se eu não soubesse classificá-los, ou não os encaixasse no quesito 'felicidade'. Se me perguntarem quando eu fui mais feliz, diria que é agora, por esses tempos. Tenho tido motivos suficientes para dizer isso. O que não impede que a sensação de ausência te invada... como agora, por exemplo.

Desconfie de todos. Principalmente de você mesmo. Eu não sei o que eu sou capaz de fazer, não posso prever as minhas atitudes, embora já tenho muitas vezes dito que eu nunca faria isso ou aquilo. A cara de anjo pode enganar, assim como a cara de demônio. As pessoas te surpreendem, sempre. Infelizmente, não é sempre para melhor.

Estar rodeado e se sentir sozinho. Essa é uma das frases que se aplica à maioria das pessoas com quem converso a respeito disso. E dessa vez, eu me encaixo nesse grandioso grupo. Estar rodeado, ter vários amigos, sua família por perto, mas ainda sim ter a certeza que você é a sua melhor e pior companhia.

Eu não acredito em promessas. Por mínimas e mais bobas que possam parecer, eu não acredito nelas. Sei o quanto o ser humano pode não atribuir a mesma importância que você a algo. Uma promessa sempre foi algo importante para mim, mesmo sendo banal. Sempre pensei assim: prometeu, que cumpra. Até que o mais freqüente dos meus pensamentos passou a ser: "mas você prometeu...". Não prometa fazer companhia a alguém se você não vai, não prometa dar algo se você não vai, não prometa o que você não vai cumprir. E eu sei que você não vai.

Às vezes eu paro e penso a respeito da separação dos meus pais. O que logo se cessa, pois esse é um dos assuntos o qual eu nunca conseguirei discutir sem que uma lágrima desça pelo rosto. Há perguntas a serem feitas, mas sem a vontade de abrir as feridas.

E logo após essa conversa comigo mesmo divida em duas partes, eu confesso que não cheguei em nenhuma conclusão, embora não soubesse que estava procurando por uma. E ainda não sei se estou procurando por uma conclusão ou qualquer coisa que seja...

segunda-feira, abril 02, 2007

Conversas de você com você mesmo - parte 1.

Às vezes é difícil ver as coisas sob uma perspectiva profunda. Eu estava estressado, realmente estressado, mas não percebia isso. Quanto mais me falavam, menos eu acreditava, mais eu pensava ser apenas implicância das pessoas. E isso foi me prejudicando aos poucos, mas em proporções inimagináveis. Comia tudo o que via pela frente para me acalmar, engordei muito, o que me obrigou a largar o que seria uma carreira de modelo. Fui prejudicado nos meus estudos, nas minhas relações. Foi quando eu vi que precisava me tratar, mudar algumas coisas, viver sem tantas preocupações e expectativas. E assim o fiz.

Eu sou bastante vulnerável. Detesto ser criticado, detesto que me chamem a atenção por eu estar fazendo alguma coisa que supostamente seria errado. Da mesma maneira, sou um tanto quanto inseguro. Qualquer crítica me deixa assim, qualquer mudança de comportamento em relação a mim me deixa assim. Fico achando que a culpa é minha, que o problema está comigo, sempre comigo.

Você tem que ir até lá para poder voltar. Já estive no fundo do poço, principalmente em relação à minha auto-estima e aos cuidados com o corpo. Já tive tendências bulímicas e nunca estive satisfeito com meu visual, nunca consegui olhar para o espelho e gostar do que estava vendo. Costumo falar que a minha auto-estima está mais para 'baixo-estima'. Nunca tive o costume de ser 'mais eu'. Mas quando isso começa a te prejudicar é quando você começa a ver que precisa mudar. E eu mudei. Não digo que consegui ainda, mas estou tentando.

Eu sempre tive fé. Nunca acreditei muito em relacionamentos, nunca imaginei que eles pudessem durar e serem realmente verdadeiros. Não era muito crente no amor, mas sempre tive fé que um dia encontraria alguém para realmente poder chamar de 'meu amor'. E não é que eu encontrei? Hoje vejo como é importante ter alguém que você possa se apoiar, chamar de seu porto seguro. E eu tenho.

Eu não conto muitas histórias. Fico nos fundos. Eu sou um extrovertido fracassado.