quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Jogos de azar.

... e ele não sabia o que fazer, sentado em sua cama, encarando todas aquelas pílulas, sentindo um absurdo vazio interior. Foi quando percebeu o tamanho de sua dependência. Mas aqueles antidepressivos não importavam, afinal, a dependência não provinha deles, mas de você.
Ah, os comprimidos. Essas cápsulas laranjas, que o fazem dormir como um anjo e acordar com o demônio.
Ele tentava, mas não conseguia pensar, se concentrar em nada. Ele só pensava nos tempos onde você não o deixava dormir sozinho. Tempos os quais, existiram apenas para ele. Infelizmente, você não conseguiu esconder o vazio que sentia e ainda o demonstrou...
Mas não se culpe. Afinal, você não tinha idéia que para ele não era apenas um jogo, não é?

domingo, fevereiro 25, 2007

Better Off Alone.

'uma coisa antes de eu ir...
algo, que eu preciso saber.
meu bem, algum dia você me amou?'

[Katharine McPhee]

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

It's really possible to die.

"Importava? Ela se perguntou, caminhando para Bonde St..Importva que ela devesse, inevitavelmente, cessar totalmente? Tudo continuaria sem ela. Ela se resentia disso? Ou, não seria, talvez, um consolo acreditar que a morte terminava tudo absolutamente? É possível morrer. É realmente possível morrer."

[As Horas]

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

É, foi mesmo.


... e lá estava aquele frasco laranja no armário de remédios do banheiro, clamando por mais outra dose de comprimidos da felicidade. Aqueles que quando você toma, você começa a achar que o mundo é exatamente daquela maneira e que o problema está com você, mas, apesar de saber isso, você não consegue compreender o que há de errado. Mas meu bem, eu te perdoô, apesar de tudo. Você sabe que acho qualquer coisa melhor do que ficar sozinho... afinal, você apenas não bebeu o suficiente para dizer que me ama, não é mesmo?

sábado, fevereiro 03, 2007

Lítio.

... e ele se pergunta o que continua fazendo sentado lá, escrevendo as maiores besteiras que alguém poderia ler, a respeito de si próprio, mas falando a respeito de um tal personagem fictício que não consegue enganar nem a ele mesmo. Cansado, cansado dos dias solitários e das intermináveis noites sombrias. E ele sabe bem como resolver isso. É só ir até o armário, pegar três ou quatro comprimidos daquele frasco laranja e pronto, aí está a felicidade. 'É, deve ser isso que eles chamam de felicidade', ele pensa. Bom, pelo menos até a hora da próxima dosagem.