terça-feira, abril 01, 2008

E eu sei...

...que você me amou. Da sua maneira, mas me amou.
A última coisa que eu gostaria era de te acordar, pois eu sabia que não poderia ficar. Sabia que não poderia ser do jeito que eu sempre quis que fosse, por isso silenciosamente juntei as minhas coisas no escuro das 5 horas da manhã. De lembrança de toda essa noite, levo o fomigar nos meus dedos todas as vezes que você domina meus pensamentos. E não são poucas as vezes que isso acontece, acredite em mim.

De certa forma, a culpa é minha. Não me sinto preparado para confrontar isso ainda... tenho certeza que se eu pudesse, arquivaria todo esse texto em uma gaveta, como garantia de deixar tudo isso trancado, de difícil acesso a qualquer pessoa, principalmente eu. Talvez seja por isso que eu esteja escrevendo isso assim, mas não estou tão feliz para admitir nada disso.

Parece que eu sabia o que sabia o que aconteceria, e eu talvez também sabia como acabaria, mas eu mal pude esperar para começar.

Eu estou bem. Não estou ótimo, mas bem.

Mas, sinceramente, eu não vejo a hora de deixar esses dias para trás...

terça-feira, janeiro 08, 2008

O menininho.

E ele está aqui. Está de volta, mesmo depois de tempos tentando se esconder.
Tentando se esconder de si mesmo... dos seus mais profundo medos, dos seus mais aterrorizantes fantasmas. Sempre tentando se esconder em cada beco escuro, pensando que ali estaria a salvo. Mas ele nunca parou para pensar que nunca está a salvo de si mesmo... que ele pode ser quem ele quiser, ele pode tentar ser quem bem entender, ele sempre estará preso a quem ele realmente é.

Suas memórias são vagas... prefere não ter lembranças, pois elas o remetem a quem ele foi, a tudo o que ele fez e que desde então, tem vivido para esquecer.
Mas, há uma a qual ele não consegue esquecer...
O brinquedo. Aquele brinquedo.
Provavelmente nem tanto o brinquedo, mas o fato de alguém querer presenteá-lo com um brinquedo. Tudo o que ele precisava era disso, de um coração gentil pára guiá-lo através da escuridão. Talvez assim, ele não precisasse se esconder tanto de si mesmo.

O brinquedo era a chave, mas ninguém viu isso. Ninguém.

Desesperado, sozinho, incapacitado, desolado.

Agora, sem nenhum lugar para ir, sem nenhum lugar para se esconder. Tudo o que o resta é o silencio.... Frio por fora, frio por dentro. Tão frio, que o silência chega a machucar. Morrer ou dormir.... ele não sabe. Até que a sua luz se apague.