domingo, setembro 09, 2007

Estranhos.

Ele é estranho.

Aparentemente, ele não é. Ah, mas ele é.
Ele ri para você, ele ri para ela, ele ri para ele. Ele ri quando quer chorar... assim, ninguém vai nunca perceber que ele não quer rir, e sim chorar. Rir ofusca o desespero que o consome, todas as lágrimas que mal podem esperar por (mais uma) oportunidade para se libertarem. Mas ele não gosta de chorar. Porque ele sabe que chorar é sinônimo de fraqueza a seus olhos. E sim, sua opinião importa para ele. Pode não parecer, mas importa... ele tenta ser autêntico, mostrar que nada o afeta, mas não é assim. Há dias que o que ele mais gostaria pe uma opinião positiva a respeito dele, um elogio. Mas não. No lugar, críticas. Sim, críticas extremamente negativas. Só que ele não chora, ele ri. Um riso forçado, ofuscante, mas ri. Porque para ele, é bom que você ache que está tudo bem, quando na verdade não está. Você o desgasta aos poucos, muito mais do que você possa imaginar. Mas não sabe disso. Claro que não. Ele não deixa. Porque ele sorri. Enquanto deveria chorar. Mas não, ele sorri.

Ele coloca todos aqueles dentes à mostra, enquanto um grito de desespero ecoa dentro de seu peito.
Um patético suburbano é o que ele aparenta ser. Mas ele não é... por isso ele sorri.

Sim, ele é estranho.
Mas é desse jeito que ele é.