segunda-feira, janeiro 08, 2007

E ele sempre volta... sempre.

É incrível como alguns fantasmas sempre nos perseguem.
Principalmente quando esses fantasmas fazem parte de nós mesmos, ou ainda, quando esses fantasmas somos nós mesmos. Como é o caso do menininho. O tempo passa, o amadurecimento vem, a consciência retorna. E ele lá, sempre atrás da porta. Cabeça baixa, chorando.

Hoje, ele resolveu sair um pouco.
Chegou perto com algumas folhas brancas.
O que dizia nelas? Não sei... acho que eu não quis saber. Ou talvez quis, mas fiquei com medo... como sempre acontece quando o menininho está por perto.

Medo. Essa palavra o define bem.
Assim como insegurança e covardia.
Três palavras que o definem bem. Ou me definem.
Eu não sei mais quem é ele ou quem sou eu. Ou se nós somos um só. Não sei, isso me deixou confuso... aliás, é uma das características dele. Ou minha. Ou nossa. Ah, não sei.

Fico olhando para ele...
Pensando em como ele consegue ser ele mesmo, sempre. Sem se esconder atrás de nada ou ninguém. Sempre, ele mesmo... mesmo que isso não seja bom. Ser você mesmo, mesmo que isso não te agrade. Será que isso é válido? Não sei... principalmente quando não sei quem é ou, se ele é ele, ou pior ainda, se ele sou eu.

Olho para as folhas no chão.
E ainda me pergunto o que estaria escrito nelas.

2 comentários:

Anônimo disse...

o Be escreve coisas mto bacanas...
=) adorei!!! hehe

Anônimo disse...

aah. textos lindos. sempre. =]
e eu te amo. sempre. ^^
beeijo amor
;*